domingo, 20 de março de 2011

De como cheguei até aqui

Bem, como todos sabem este blog foi criado especialmente para as aulas de Laboratório de criação da minha faculdade de Moda na UVA. Mas acho que seria bem interessante contar um pouco da minha história: De como optei pela moda até quando cheguei aqui. Assumo que eu teria que escrever muito, muito mesmo. Minha história daria até um filme! Tá. Agora eu exagerei. Mas ah, quem sabe um dia né?! Eu disse que sonho demais... Mas então, vamos lá.

Não me lembro a idade ao certo, só lembro que era muito pequena quando optei pela moda. Devia ter uns 7 ou 8 anos quando ganhei um jogo da memória com desenhos de várias profissões e uma delas era uma mulher com uma fita métrica no pescoço e um bloco de desenho. Não sabia ao certo o que era aquilo, então minha mãe me respondeu: Estilista. Parece mentira, mas só sei que antes de dormir eu falei para ela "Mãe já sei o que eu quero ser, Estilista!".

Assumo, no começo nem sabia o que era isso. Só sabia que desenhava roupas e isso eu sempre fiz. Mas fale a verdade, qual criança não fazia as famosas "Bonequinhas de papel" e desenhava suas roupas. Era uma ótima brincadeira, eu amava. Então, na 4° série eu desenhei meus primeiros croquis, minha mini-coleção! amostrei para a minha professora que sabia do meu desejo, eu achei que a cara dela não foi muito agradável não, nossa o seu rosto acabava com os meus sonhos! Mas nem liguei. Minha família adorou, mas eles não são muito confiáveis nessas opiniões. Assumo de novo, minha professora tinha razão. Minhas bonecas eram decepadas coitadas, não tinham mãos, nem pés, nem cabelos e muito menos os olhos e boca. Mas vamos combinar, eu era uma criança, ainda tinha muito a aprender. E aprendi.

Conforme ia crescendo buscava informações sobre moda e o que um estilista realmente fazia. Para quem antes não sabia nem o que era um Prada, agora eu sabia tudo. Começei a comprar minhas revistas em 2008 e desde de lá não parei mais. pesquisava sobre as faculdades, evoluia nos meus desenhos e tinha cada vez mais certeza de que esse era o meu caminho.

Então foi chegando o 3º ano do ensino médio e o vestibular estava ali. Nunca tive muito apoio nas minhas decisões, não que minha mãe fosse má pessoa mas eu não tenho muito dinheiro, não tinha como pagar uma mensalidade tão cara e ela achava que moda era coisa de gente rica. Minha única solução era ganhar uma bolsa de estudos. Fora isso só me restava que meus tios e minha avó pagassem pra mim, algo que eu nunca teria coragem de pedir. Concentrei todas as minhas orações para conseguir uma boa nota no ENEM e garantir minha vaga no Prouni.

Aberta as inscrições, mais um trauma: 1 vaga. Uma mísera e única vaga. Obvio. Comecei a chorar. Chorei, chorei, chorei e não parei mais. E as notas de corte não me deixavam dormir, nossa que semana péssima aquela. Passaram-se 2 dias e adivinhe: A nota de corte subiu. Me tirou. Ah como eu queria matar a pessoa que me tirou, e como queria. Ok, foi só naquele momento, mas ahhh que raiva. Chorei. E chorei mais. Chorei, chorei, chorei. Parecia uma pessoa em depressão olhando para as paredes cabisbaixo. Juro, não estou exagerando. Mas, no último dia minha prima, Ah minha querida e linda prima, viu que a nota de corte tinha abaixado. No dia seguinte: Consegui! A vaga é minha! Felicidade incontrolável. Mas vinha o pior: O medo e a insegurança. Mas estes estão sendo controlados. É só mais uma fase que tenho que passar, e tenho certeza que estou no lugar certo, onde realmente deveria estar. E ninguém me tira daqui, nem eu mesma.

0 comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.